Khin, O Pequeno Samurai #4 e...

Noite, gente! Como está todo mundo?

Apesar dos pesares, seguindo firme, forte e trazendo o quarto e último número de Khin, o samurai mergulhador de aquário! E mais uma coisa, mas dessa, falo depois. Vamos, que o tempo ruge!

A Joia da Mutação

Em um lugar muito, MUITO distante, provavelmente lá pras bandas de Boituva, Khin e HAKAI escutam contos do Noburo, um professor tão renomado que ninguém ouviu falar. Parece que tem um rubi de altas tretas místicas dando sopa por aí! Como todo bom pé-de-chinelo, o 'fessor quer alguma notoriedade desvendando o boato, mesmo que seja só uma jaca folheada a ouro pra pegar trouxa. Digo, se uma jóia mágica estivesse por aí, alguma coisa já teria acontecido...

...como a Turma da Mata genérica procurando briga. E eu disse que o tempo ruge em sentido figurado. Pra não tomar um processo do Maurício, o trio deixa que os levem até a caverna mais iluminada do Brasil, onde o Rei Leonino põe moral! Ele passou um coloral na juba? Que seja, TODOS PARA A MASMORRA! 

Confortáveis no banco de ônibus que encaixaram na masmorra, nossos prisioneiros se perguntam porque ainda não os botaram na guilhotina. Eis que Leonino aparece e, filho duma leoa rapa-coco que é, dá duas razões: guilhotina é muito século XV para o século XX e ele prefere transmutar todo mundo em animomens! 

Como a Turma da Mata é muito chinfrim pra ter gibi próprio e todo mundo só se importa com o Jotalhão, o Rei resolveu usurpar uma revistinha da concorrência que ninguém liga e começar sua própria turma! Ele até deu uma passada na Dimensão X e comprou parcelado com Krang um rubi de mutagen! Reino novo, ele está sem o Ministro e tem de pensar no orçamento.

Os geólogos figurantes foram os primeiros a entrar pro elenco e Khin & cia. são os próximos! Virar mutante, ainda vá lá, agora, perder sua revista justo no último número? Samurai não é ninja, mas, mesmo assim, não o perdoam! Leonino subestima o fato que está num quadrinho de artes quase marciais e toma na orelha. O que fazer nesse momento? Jogar sujo e chamar a galera! A dupla nipônica se vira como pode...até Noburo, por milagres do roteiro, conseguir o rubi, dropar o troço e deixar todos os monstros bestificados com o que ele vai virar.

Antes que algum bicheiro apareça pra organizar o jogo, Khin se cansa dessa papagaiada e manda a pedrinha pra ponte que partiu! Todos voltam ao normal, o Rei Leonino era só um famoso geólogo desconhecido e a caverna vai pras cucuias. Enfim, tudo termina bem, quando acaba em festa! Todo mundo convidado! Eu não explicaria ao HAKAI a temática, se ninguém quiser tomar um HAKAI no forevis...

Desastrado mesmo!

Deram HAKAI no vaso japonês favorito do Khin! Já é palpite de sobra, mas, pra manter a compostura, ele resolve descarregar no seu saco de areia favorito. Que bom que seu amigo favorito não estava ali dentro, né?

Quem sou eu?

Depois de três dias, três noites e duas idas ao dentista pra ser extraído de dentro do saco sem seu colega notar, HAKAI tá pronto pra outra. Ele até bolou uma voadora bisonha novinha! O golpe é tão ligeiro que o samurai da destruição acerta a própria cabeça e, agora, pensa que é o gato Tom!

Depois de dar prejuízo no açougue, arrumar confusão com os Cadillac Cats e comprar briga com o Spike, só pra jogar na cara que ele não foi escalado pro filme de 2021, o destruidor desmemoriado finalmente esbarra com Khin, que sabe o exato remédio para perda de memória. Tomara que não exagere na dose, porque, na próxima, HAKAI pode achar que é o Bills e, aí, adeus Terra!

Paixões Franksteinianas

Seu Jurandir sempre quis criar seu próprio monstro Frankenstein, ignorando que Frankenstein era o cientista, não o monstro. Criatividade na pandemia, povo! Antes que ele jogue fora sua caixa de antidepressivos, o monstro, em monstrês fluente, diz que vai dar uns pegas e vaza com a agilidade de um caracol.

No maior quintal do mundo, HAKAI e Kika, um casal firme e bem ajustado, aproveita o piquenique. Como o monstro, além de invejoso, é recalcado, põe a menina no braço e rala. Nosso samurai vai até a casa do Jurandir reclamar sua gata, mas, como o monstro, além de recalcado, é cara de pau, não vai ceder sem uma pêia! AH, este cara comprou briga com o aprendiz de deus da destruição errado! Mesmo as habilidades do Donkey Kong não separam um samurai e sua dama, e HAKAI só precisa de um quadrinho pra zerar o bicho.

Além de recalcado, o monstro é chorão, veja você. Papai Jurandir dá um jeito, desde que respeite o distanciamento social, afinal, quem faz um monstro feio e repugnante em casa, faz dois! Só espere até o HAKAI deixar o recinto, que há coisas que nem com reza braba dá pra destruir. Que visão do inferno...

Macacos me mordam

Depois de quatro meses e finalmente darem um chapéu nos monstros carentes, nosso casal nota 10, comemora o dia dos namorados em paz. Até o Khin tirar a paz deles, carinha corta-onda. Tá, o que houve de tão importante, macacos de kimono estão roubando o Santander?

Ora, essa. Não só roubam, como sabem judô, krav maga e o losango aberto invertido. Mesmo o destruidor estagiário não contava com essa! A dupla segue os símios larápios de volta até Boituva. Tem um condomínio de cavernas lá e o esconderijo deles é numa caverna logo acima daquela que explodiu na primeira história. É, os corretores tão alugando tudo. Que mente maligna alugaria uma caverna com dois quartos, sem janela e UM banheiro?

Poxa, é o Sócrates! O professor Raimundo deu a ele um zero em bioengenharia caseira e, pra mostrar que pode tirar 10, o sujeito resolveu transformar o Planeta dos Homens no Planeta dos Macacos! Pontos pra você se entendeu a referência. Cara, quando eu tirava nota baixa, eu decorava a droga do livro todo, só pra jogar na cara do miserável do meu professor de filosofia na faculdade, e não precisei moldar o mundo à minha imagem. Seria atroz.

HAKAI está desiludido por ter tomado uma virada de um macaco e, num momento de distração, leva um raio macaquizador nas fuças! Agora que têm seu Gibinhar oriental, a macacada se livra de Khin, atirando o guri de pelo menos cinco andares de altura! Será esse o fim?

Não, ainda faltam quatro páginas e nosso samurai de presépio não perdeu, só deu uma sorte com uma bananeira ali perto. Agora que a Chita, a Terk e o resto dos macacos foram merendar, hora de resolver isso, de samurai pra chimpanzé de terno. Não leva muito pro Sócrates pedir penico, explicar como reverter o raio e ligar pro professor Raimundo, avisando que ele só volta depois de decidir se vai como Patropi ou Fofão. Tudo que falta mesmo é explicar pra Kika quanto tempo vai levar pro HAKAI largar as bananas e descascar o abacaxi...

Khin Nº 4.

Acabou. Quatro números até decentes. De bom, tivemos mais de um título com personagens da Turma do Pequeno Ninja nas bancas por um tempo. Os protagonistas, considerando tudo, foram uma boa mudança de ritmo. Mas...e de não tão bom?

A ideia é boa. Dois garotos samurais que vão parar no futuro e têm de defender um amuleto contra um bruxo? É ótimo, é divertido, é até meio Samurai Jack...se isso tivesse foco em mais que uma edição. Na maior parte do tempo, os inimigos têm nada a ver. Passamos por punks de calçada, androides piriguetes, caçadores ilegais, trambiqueiros, figurantes rejeitados de Madagascar... e nada do maldito bruxo tramando uma desforra.

Na maioria das histórias, não faria diferença se fossem o Pequeno Ninja e seu cachorro no lugar de Khin e Hakai. Do jeito que eu li e passei pelos números, o Khin é uma versão mais aguada do ninja azulão, só que menos divertido. O HAKAI, por outro lado, passa por apuros, se ferra, sai com a namorada...se pensarmos assim, ele teria sido um protagonista muito mais interessante, por ser também um oposto do Pequeno Ninja, a menos que conseguissem fazer o Khin menos sem graça ou dado a ele algum propósito. Tornar o bruxo mais integral à história teria ajudado, mas, em tempo, pelo que foi, a revista fez um bom trabalho, mesmo que por quatro números. Houve também um almanaque, mas só com republicações, então nada se perde.

Lá na resenha do número 1, eu destaquei que a revista do Pequeno Ninja teve dois spin offs. O primeiro foi com o Khin, que vocês acompanharam na íntegra. O segundo...foi com o cachorro. Sério, o cachorro do Pequeno Ninja teve revista própria.

Shaken, o saco de pulgas ninja antropomórfico e parceiro do alter-ego do Eugênio. Não sei ao certo porque, mas não gostava muito desse personagem, bicho chato bagarai. Provavelmente, ninguém gostava muito também, já que não passou de dois números. De fato, nem vou me dignar a fazer resenha desses. Aí, toma os números 1 e 2!

Shaken Nº 1.

Shaken Nº 2.

Mesmo eu tenho limites. Por hoje tá bom, folks. No próximo post, voltamos com algo que tem nada a ver com ninjas e samurais. Provavelmente, ainda vai ter a ver com o Japão. Fiquem ligados!

Inté!

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